sexta-feira, 3 de outubro de 2014

10 dicas úteis sobre o que levar para o pós-parto imediato.

Oiiii mamãs! <3
Decidi partilhar convosco 10 dicas que foram mt úteis e 'práticas' para mim..
(Copiei o post do meu blog)


Hoje vou dar umas dicas que resultou perfeitamente comigo no período imediato do pós-parto!

1) Pensos higiênicos, usei as fraldas descartáveis da Tena como cueca e por dentro usei uns pensos higiênicos tb da Tena, e ia trocando apenas os pensos de dentro, ao fim do dia ia tudo para o lixo! Não sangrei mt, aliás, sangrei o que sangro normalmente nas minhas menstruações! Mas para quem sangrar mt, acho que essa tb será uma boa opção! Senti-me super confortável!!! Pensei que me sentiria enchumaçada e tal, mas mt pelo contrário!! Deu-me imenso conforto e segurança.

2) Almofada de amamentação: levei e deixei no carro, confesso que me surpreendeu e deu-me imenso jeito! Ora para elevar mais um bocadinho, para dar o jeitinho ao braço, para pô-la para arrotar, para apoia-la semi sentada enquanto ia pegar qualquer coisa, para apoiar o mano a segurar nela com maior confiança e até para o pai! (Fiquei num quarto sozinha -hospital privado-, o que me permitiu levar o que bem queria e tinha espaço para arrumar.. isso foi um ponto a favor da almofada).

3) Toalhitas (dodot sensitive): a minha princesa fez um pouquinho de reação às toalhitas, pensei em usa-las lá por ser mais prático e não andar com as compressas atrás de mim e ter que me levantar para molha-las e tal.. mas foi uma má opção, ela começou a ficar com o rabinho ligeiramente irritado e passei imediatamente para as compressas!!! Remédio santo! E não deu tanto trabalho como eu pensava!

4) Discos de amamentação: usei-os mais por causa do purelan do que para as perdas de leite, até porque a descida mesmo só ocorreu após 3/4 dias e já estava em casa! Tenho os da NeoNaby e por enquanto estou satisfeita! Ainda não tive graaaandes perdas, mas até agora tem resultado!

5) Pijamas: definitivamente, com abertura à frente mtttttttttttt mais prático e confortável, principalmente quando se tem visitas e está na hora de amamentar! Fazia mt calor no quarto, logo optei por pijamas levezinhos! Levei um de manga curta e arrependo-me de não haver levado mais! Pq estava mesmo quente lá!

6) Aspirador Nasal: não levei de imediato, mas pedi ao marido para trazer no dia seguinte pq ela tinha o narizito um bocadinho sujo e a fazer barulho ao respirar (provavelmente secreções do parto) e resultou mt bem!!!! Umas gotinhas de soro e chupava com o Narhinel! Se me queixasse, iriam levá-la para aspirar, assim sendo, como resultou, foi menos invasivo e penoso para ela. ;)

7) Resguardos descartáveis: para trocar a fralda sem sujar a cama.

8) Fraldas de pano: dá um jeitão!!!!! É "pau para toda a obra".

9) Sutiãs de amamentação: não comprei e não me arrependo! Uso os de desporto que são super confortáveis e bastante elásticos!!! Não me apertam cá nada! Até pq os mamilos ficam mt sensíveis! Com eles, nem parece que tenho algo posto! Apoia-me mt bem as mamocas e não me doem nos ombros ou no encaixe nas costas, pq o apoio dos ombros é largo e não há encaixes . Puxo para cima ou para baixo e a mamoca fica ao léu em segundos! Não preciso olhar para encaixar e desencaixar nada!

10) Corta-unhas: Há bebés que nascem com as unhas granditas (a minha nasceu) e depois arranham-se todos! Deu-me muito mais jeito cortar com o corta unhas do que com a tesourinha! No pós parto imediato, elas ainda estão moles pq a bebê estava em meio aquático, mas umas horinhas depois as unhas ficam mais durinhas e arranham mesmo!!!

Se quiserem saber mais alguma coisa ou se tiverem alguma dúvida, é só perguntar! 
Teremos todo o gosto em esclarecer! ☺️

ATENÇÃO: são dicas que para mim resultaram mt bem.. Só estou a expressá-las pq pode resultar tb com alguma mamã! Ou até, se alguém fez de forma diferente e tb resultou, podem partilhar e assim ajudar a elucidar melhor as mamãs! 

*nao se esqueçam das coisas "ditas normais" que se levam também, mas quanto a isso já há vários sites a ajudar.. ;)

Bjinhos

Mamã Carolina R. 




sábado, 6 de setembro de 2014

Diabetes??? Eu???

- Por Filipa Barros - 


Foi mais ou menos a minha reação quando, logo nas análises do primeiro trimestre, o valor da glicose em jejum indicava uma possível complicação da gravidez. Como tenho hipotiroidismo fui encaminhada para a consulta externa no Hospital de São João.

Fiquei um bocadinho abananada com a situação. A médica endocrinologista disse logo "este valor é diabetes gestacional", a enfermeira deu-me a maquineta de medir a glicemia e explicou-me o funcionamento e que as pesquisas na fase inicial seriam apenas antes e depois das refeições principais. A nutricionista estabeleceu-me um plano alimentar adequado e muito semelhante ao que já fazia. Fui para casa a digerir toda aquela informação e a pensar mais na saúde do meu bebé que na minha...

Os dias que se seguiram foram um tormento, os meus valores não pareciam ter lógica nenhuma e independentemente do que comesse ou fizesse não havia um padrão, uma lógica. Cheguei a chorar e a desesperar-me... afinal, há anos que faço desporto a sério e, apesar de algum peso a mais, sou mais resistente que a maioria das mulheres da minha idade, cumpria a dieta escrupulosamente, pesava a comida e até media os mililitros de leite, andava a pé a seguir às refeições e continuei a ir ao ginásio até ao fim da gravidez. Por isso não conseguia perceber... Mas não havia nada para perceber, a diabetes gestacional é mesmo assim, pim pam pum calhou-me a mim.

Claro que há fatores de risco, mas ninguém consegue explicar porque é que aparece a umas grávidas e não a outras. Acredita-se que poderá ter a ver com o facto de a insulina e algumas das hormonas da gravidez serem molecularmente semelhantes e competirem umas outras, também poderá ser porque o útero em crescimento e o reajuste dos orgãos internos confundem o pâncreas e este deixa de funcionar corretamente, mas ao certo ninguém sabe porquê.



Senti durante algum tempo que a culpa era minha (culpa e maternidade caminham de mãos dadas!), mas ninguém tem culpa, né? Aliás, eu sou o exemplo de que, muitas vezes, a diabetes gestacional é como é porque sim. Pensava frequentemente que, se não tivesse cuidados com a alimentação e não fizesse exercício, então aí é que seria mesmo complicado. No final, além das pesquisas tomava insulina rápida e lenta várias vezes por dia, de cada vez que ia à consulta os valores de insulina tinham de ser reajustados, normalmente para cima. Finalmente, tivemos que 'despejar' a pequena pois a situação começava a ser perigosa para mim.

Com este testemunho eu pretendo dar a conhecer a minha experiência, para que outras grávidas saibam que não é fácil mas é possível levar a gravidez com calma e alegria, mesmo quando se tem uma complicação. Estou grata de ter tido uma complicação que me obrigava a mexer; se assim não fosse penso que teria sido mais complicado.


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Ambiguidades...

- Por Filipa Barros -

Nunca, jamais, em tempo algum pensei em ser 'apenas mãe' (e continuo a não pensar!), mas estar com a minha pequena parece-me muito certo...

Não trabalhar não faz parte dos meus planos, comecei a contar carros com 16 anos para ter algum para as minhas coisas, já tive dois e até três trabalhos ao mesmo tempo, já tirei um mestrdo e este ano entrei num doutoramento. Tenho sempre várias atividades e por isso ser 'apenas mãe' sempre esteve, e está, fora de questão, até porque não tenho pais ricos e já não adianta ir ao BES...

A minha licença já acabou, mas como (in)felizmente estou desempregada posso continuar a ser eu a ajudar a minha pequena neste enorme desafio de conhecer o mundo. Já me disseram que é melhor ela estar com 'especialistas' que vão puxar muito mais por ela, que não vou ter tempo para procurar trabalho, que a socializção só lhe faz bem, e por aí fora. Mas eu penso que pelo menos no primeiro ano ela estará sempre melhor comigo, já para não falar que os especialistas recomendam que os pequenos fiquem com alguém de família até aos 3 anos, a relação um-para-um tem muito mais benefícios que uma socialização precoce, até porque eles, assim pequenos, não têm interesse nenhum uns no outros. Responder a anúncios, procurar trabalho, quem sabe até novos projetos poderei faze-lo nas sestas ou à noite. Esta situação permitiu-me, para já, poder amamentar em exclusivo até aos seis meses, ajudá-la a sentar pela primeira vez, vou ser eu a introduzir os alimentos e quem sabe até ver os primeros passos.

Mas a vida não é cor de rosa e às flores e as contas chegam todos meses, Enquanto houver subsídio tudo bem, mas vai acabar... Até já visitei todos os berçários aqui perto, duns gostei mais de outros menos, algumas pessoas inspiraram-me confiança outras nem por isso... Agora é muito mais trabalhoso estar com um bebé do que nos primeiros meses, requerem muito mais atenção, só querem brincar e eu passo os dias com ela, ao sabor das suas necessidades.

Poderão dizer que quero ficar com ela por mim, mas não, é por ela! O melhor para mim seria poder ir ao ginásio de manhã, ter tempo de trartar da casa e das refeções, procurar e encontrar um trabalho, ter conversas de adultos com adultos, mas isso não é o melhor para ela.

O melhor para ela é estar comigo, é ter a minha atenção 24 horas por dia mesmo que eu tenha vontade de a mandar pela janela para ir voar um bocadinho enquanto eu respiro. O melhor é uma relação de um-para-um que satisfaça as suas necessidades, frustrações e contrariedades chegarão a seu tempo. O melhor é ter o meu colinho quando a birra de sono é tão grande que se deve ouvir do outro lado da rua. Porque o melhor para qualquer bebé é estar com a sua mãe, mesmo que isso não seja o melhor para a mãe. Mas para qualquer mãe o melhor é o que for melhor para o seu bebé!




quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Os sabores e texturas da minha infância...


Foto in http://www.zazzle.pt/

O tema alimentação dava pano para mangas. Neste momento existem mil e uma maneiras e formas de alimentarmos os bebés, começando nas papas, passando pelos boiões, já não falando, claro está, de outras maneiras de fazer papas, recorrendo a farinhas naturais e frutas.

Quando eu era mais pequena, bem que devo ter dado trabalho à minha mãe, pois ela bem que utilizou vários truques para me por a comer Cerelac tanto pela colher como pelo biberon, mas não adiantava, eu não gostava mesmo daquilo.

O que comia eu então? Do que sei, seria então leite, sopa e açorda! E como era feita esta açorda?
Pão de carcaça, um fio de azeite, água e gema de ovo batida. Tão simples como isto...
Ao escrever, consigo imaginar o cheiro e sentir água na boca. Ainda hoje continuo a gostar de comer açorda de bebé, como eu lhe chamo. Naqueles dias em que me sinto mais em baixo, faço sempre para comer, a isto chamo o meu comer de conforto!

Outra recordação que tenho muito presente é o cheiro da sopa de agrião com bife de vaca ou de cavalo aos pedaços. Lógico que esta sopa, já a comia era bem maiorzinha.... O bife era então frito em margarina, depois partidos em pequenos pedaços. A sopa era feita (a parte do puré) de batata, cenoura, nabo e cebola e depois de cozida e passada juntava-se os agriões que ferviam mais um pouco já em conjunto com o bife e por fim juntava-se um fio de azeite. Era divinal...

Uma outra coisa que na altura se comia, era a mioleira com ovos mexidos... não me lembro se gostava ou não, mas sei que a comia? Já agora alguém sabe porque tínhamos que comer esta coisa "fantástica"? Seria uma tentativa de ficarmos mais inteligentes? Lolol...
Não me lembro bem como era feita, mas presumivelmente seria cozida e depois era misturada nos ovos mexidos e ia a "fritar"... acho que se me pusessem uma coisa destas à frente, o meu estômago não ia aguentar...

E vocês? Que lembranças tem do que as vossas mamys faziam para vocês comerem?
O que mais gostavam? E o que mais odiavam comer?

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Ai as visitas!

-Por Cristina Baptista-

Ora aqui está um tema que suscitou (e continua a suscitar) a maior polémica entre os recém papás!
Visitas na maternidade? Em casa? Muita gente ao pé do bebé? Ai o apego e mimimi, ai que a prima fica zangada, é mesmo preciso desinfectar as mãos? Quem não teve tudo isto a flutuar na sua cabeça, que "atire a primeira chucha".
Como em tudo, moderação é a palavra chave! Nada de exageros, nem para um lado nem para o outro.
Cada um de nós terá o seu contexto e enquanto uns contam à partida com muitas visitas, outros já sabem que estão por sua conta. Quem está longe dos amigos e família (caso de algumas de nós), dificilmente será assolado por uma verdadeira "invasão". Quem está pertinho ou tem laços estreitos com muita gente (ou pessoas muito curiosas), estará mais vulnerável.
O ideal, para mim enquanto mãe e profissional de saúde, é que as visitas  na maternidade se façam em horários determinados e sejam apenas das pessoas mais chegadas (podem não ser necessariamente familiares). Por uma questão de organização da tríade familiar (mãe-pai-bebé), para que a mãe possa descansar e adaptar-se, para que o bebé tenha sossego e possa dormir, etc. Na maioria dos hospitais privados o regime de visitas é livre, enquanto nas maternidades públicas existem horários estipulados. Não ponho em questão que algumas de nós gostem de ter a família toda 24h por dia junto de si, ainda para mais num momento tão especial, mas não me parece que seja necessário ou promotor do bem estar numa recuperação do parto.

E se bem que algumas pessoas assumam preferir as visitas todas na maternidade para depois não as irem "importunar" em casa (sim, ouvi relatos extraordinários de visitas até altas horas da noite, sem respeito pelos horários do bebé ou pelo cansaço dos pais), acho que é sempre preferível limitar um pouco as visitas no hospital/maternidade e receber depois em casa. O que não quer também dizer que vá toda a gente a casa ao mesmo tempo (vulgo, no mesmo dia), nem que as visitas tenham de ser todas no dia em que a criança chega a casa.
São completamente dispensáveis quer em casa, quer na maternidade, visitas de pessoas que estejam doentes e que possam contaminar a mãe/pai/bebé. É isso mesmo, se a avó estiver constipada pode perfeitamente esperar 2 ou 3 dias para ver o/a neto/a - afinal a saúde é o mais importante e não a nossa satisfação individual. Em casos desesperados, usar uma máscara de protecção que se vende nas farmácias. Crianças muito pequenas (exceptuando os irmãos) também são visitantes dispensáveis, pois além de serem potenciais transmissores de doenças em incubação, sobretudo os que andam já na escolinha, muitas vezes não obtêm gratificação da visita. Quero com isto dizer que muitas vezes não percebem que é um bebé, não têm idade para compreender que é um primo, por exemplo, e podem passar grande parte do tempo a fazer os "disparates" próprios da idade. Um risco maior que o benefício.
As mãos devem estar bem lavadas, no mínimo. Desinfectadas se possível. Nada de beijinhos nas mãos do bebé! (porque os bebés depois levam-nas à boca...) Evitar levar flores e alimentos perecíveis para a maternidade é boa ideia. Também é simpático perguntar à mãe se prefere que saiam quando vai amamentar, tentar falar baixinho para não incomodar o bebé e prováveis vizinhos do lado, não usar perfumes fortes, não tirar fotos com flash da cara do bebé. E para os adeptos das novas tecnologias- evitar divulgar essas fotografias nas redes sociais sem o consentimento prévio dos pais...Sim. Acontece pois.
A minha experiência pessoal foi muito positiva. Tive a minha bebé no hospital em que ambos trabalhamos, por isso o nosso potencial "visitante" era quase ilimitado. Devo dizer e agradecer a todos que se portaram com distinção para a situação em específico, fazendo com que nos sentíssemos acarinhados, mas em simultâneo sem sermos assoberbados de visitas. Tive familiares próximos que foram, outros que não, amigos que foram e outros que não, colegas que lá estiveram e outros que não. Em casa recebemos vários amigos que foram espectaculares em tudo, que nos ajudaram, fizeram rir, com quem tivemos momentos de partilha e que nos respeitaram ao máximo.
E vocês? Quem já passou por isto quer contar-nos como foi a sua experiência? E com os irmãos dos bebés? Vamos ajudar os futuros papás!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Momentos que se poderão perder

_ Por: Regina Freitas _ Mãe dos gémeos


É complicado conseguir gerir a vida pessoal quando ambos os pais trabalham numa área em que não existem horários fixos, mas sim turnos, e onde as palavras fim de semana e feriado não fazem sequer parte do vocabulário do dia-a-dia.

Como faremos para os ir buscar à creche? Como faremos com o carro? E no fim de semana? E se por qualquer motivo não tivermos com quem os deixar no fim-de-semana?
Neste momento estamos à mercê de uma invasão de mil perguntas e escassas respostas. No meu subconsciente ecoa "A solução é mudar de área", mas para o meu subconsciente tenho uma resposta pronta: "Não é possivel." Ele insiste... já não lhe respondo.

Com os meus botões fico a pensar como será a vida dos meus filhos, dos meus twins... Não estarão connosco ao fim-de-semana, ao contráro de todos os seus amiguinhos, a não ser que a nossa vida dê uma reviravolta.
Chegará a uma altura em que irão interrogar-nos acerca do motivo pelo qual não nos vêem tanto quanto gostariam... Por vezes iremos trabalhar e eles ficarão a chorar, pois naquele dia não se lembram que a nossa familia é diferente neste aspecto...

Tenho a certeza que  iremos ficar com o coração despedaçado quando não estivermos com eles a abrir as prendas na manhã de Natal, junto ao pinheirinho enfeitado por eles, não poderemos assistir à felicidade estampada nos seus pequenos rostos e não iremos ver o brilho dos seus olhares; pois estaremos a trabalhar com um sorriso nos lábios, enquanto que a nossa alma estará a soluçar de tristeza.


A lágrima soltou-se descontrolada...

Temos inúmeros sonhos e planos para os nosso filhos, certamente que muitos deles serão realizáveis, mas para que tal acontecça teremos de abdicar de tanto, teremos de superar tantos obstáculos, por vezes não será fácil, mas haveremos de encontrar soluções, conseguiremos compensar os nossos meninos pela nossa ausência inerte de culpa, esperando que entendam.

Até hoje nunca tinha realmente pensado tão abruptamente sobre este assunto. Seria tudo tão mais fácil se tivéssemos um emprego dito "normal".
Sei que não somos o único casal, com filhos, a trabalhar nesta mesma área, se outros conseguem, nós também iremos conseguir, mas neste momento já divago apenas sobre os momentos que perderemos, pois esses, sim, serão mais importantes que outra coisa qualquer. Em primeiro lugar estarão sempre os nossos filhos.


terça-feira, 29 de julho de 2014

Blogs que vale a pena visitar (além do Pó-de-Talco, pois claro!)

- Por Cristina Baptista-

Várias de nós acompanhamos o dia-a-dia da Carlota e da sua mamã Fernanda Velez, no Blog da Carlota (http://babycarlota.blogspot.pt/). Ficámos muito contentes com o anúncio do nascimento da pequena Carminho e desejamos as maiores felicidades a toda a família!
Vamos continuar a seguir as vossas aventuras!
PARABÉNS!!!


Também há finais felizes

Contava 32 belas primaveras quando encontrei o homem que sempre sonhei para pai dos meus filhos. Algum tempo depois de vivermos juntos comecei a tentar engravidar. Mas passaram 2 anos e nada aconteceu. Fomos encaminhados para a consulta de infertilidade do Hospital S. João. Fizemos todos os exames, e o diagnóstico foi infertilidade inexplicada! Boa!! E agora? Ficámos em lista de espera para iniciar os tratamentos.
Entretanto os treinos continuaram e em Maio de 2011 descobri que estava grávida. Foi o dia mais feliz das nossas vidas. Fiz análises e marcaram-me a eco do 1º trimestre para Agosto. Precisamente em Agosto, quando estava de férias em Palma de Maiorca, tive um pequeno sangramento e fui às urgências. A médica fez-me uma eco e disse "es un aborto". Naquele momento fiquei sem chão, achei que ia morrer de desgosto e tristeza. No entanto, só dois dias depois, e depois de muito sofrer com contrações extremamente dolorosas e sem medicação absolutamente nenhuma, consegui expulsar aquele ser que morreu dentro de mim. Ainda hoje choro quando me lembro!
Em Maio de 2012 chamaram-me do hospital para iniciar os tratamentos, e eu convenci-me que era desta que ia engravidar. Fiz medicação e punção para recolha de óvulos, e o meu marido fez recolha de esperma. Depois houve transferência de 2 embriões. Estive 15 dias em repouso quase absoluto e esperei os resultados com muita angústia e incerteza. Apanhei nova decepção - gravidez negativa! Psicologicamente é muito difícil digerir tudo isto mas restava-me a esperança de 3 embriões que tinham ficado congelados.
Em Novembro lá fui novamente iniciar tratamentos, e desta vez transferi apenas 1 embrião porque os outros 2 morreram ao descongelar. E 15 dias depois novamente resultados negativos. Comecei a desesperar e achar que nunca ira conseguir ser mãe. O tempo estava a passar e a idade (38 anos) não ajudava.
Em Maio de 2013 iniciámos novo tratamento completo, transferi 2 embriões e congelei 1. 15 dias depois lá fomos nós com as esperanças reduzidas para não apanhar nova decepção, mas eis que desta vez as notícias eram boas - POSITIVO!! Chorei de tanta alegria, nem queria acreditar.
Tive sempre muito cuidado e fiz sempre o que a obstetra recomendou.  Mas em Agosto tive uma perda de sangue enorme e pensei "não pode ser verdade, outra vez não!" Lá fomos nós para as urgências, fizeram-me uma eco e disseram que estava tudo bem com o bebé. Não sei explicar, mas apesar da angústia algo me dizia que o meu bebé era forte e estava bem. Depois foi só esperar mais 6 meses e nasceu o ser mais belo que alguma vez eu tinha visto. Finalmente tive um final feliz ;)

domingo, 27 de julho de 2014

Queremos conhecer-vos melhor!

Por favor respondam ao nosso questionário (em baixo à direita).
Queremos saber quem são vocês!

O Pó de Talco aprova!

- Por Cristina Baptista-

Durante a nossa gravidez foi frequente surgir a questão: quais os produtos que vão usar com os vossos filhotes? Compramos um daqueles conjuntos que trazem a mala de maternidade? Compramos num site de descontos? Os produtos de bebé de "supermercado" são adequados? Estas e muitas questões do mesmo género assaltaram-nos durante muito tempo.

A pele do bebé é muito diferente da dos adultos e por isso exige cuidados específicos. Para além de ser visivelmente mais fina, imatura e de possuir menos pelos, tem também menos glândulas sudoríparas. Os melanócitos (células responsáveis por produzir a substância que dá cor à pele) também funcionam mais lentamente. Assim, a pele do bebé é muito sensível às alterações de temperatura, à luz solar, ao vento, ar condicionado, pó e microorganismos. A capacidade de defesa da pele contra estes agentes é muito limitada, razão pela qual teremos de ser nós a zelar pela sua protecção, evitando alguns agentes e cuidando da pele da forma mais adequada possível.

Num próximo post vamos falar dos banhos, dos cuidados com o sol e de outros temas que envolvem a pele, mas hoje queremos apenas partilhar alguns produtos que descobrimos ser essenciais para cuidar da higiene dos nossos bebés.

3 pontos fundamentais:
- é importante que limpem bem, sem agredir a pele.
- é importante que hidratem (a pele do bebé não possui camada lipídica desenvolvida).
- é importante que protejam.

HIGIENE BÁSICA - Soro fisiológico, compressas estéreis, compressas de tecido não tecido, óleo natural (de amêndoas doces, por exemplo), toalhitas, creme lavante, creme hidratante e creme barreira para a muda de fralda.

Nos primeiros tempos de vida, ao mudar a fralda podemos utilizar compressas embebidas em água morna. Há quem use posteriormente a 1ª água (foi o meu caso) e só de seguida as toalhitas. As compressas estéreis  e o soro fisiológico servem para limpar olhinhos com "ramelas" que tendem sempre a aparecer. O óleo natural usa-se para hidratar e pode ser aplicado na água do banho em vez do creme lavante enquanto são muito pequeninos.

As mães do Pó-de-Talco são praticamente unânimes em recomendar a marca URIAGE para bebé, pois foi aquela que reuniu maior consenso e satisfação entre nós. Para além dos produtos serem hipoalergénicos e próprios para bebés, o cheirinho é delicioso!

Para a minha filhota comprei e utilizo o creme lavante, o creme hidratante, o creme de rosto e o perfume (só aplico na roupa).
As toalhitas que reuniram maior consenso nos primeiros dias de vida foram as Dodot Sensitive, sem perfume, sem agentes agressivos para a pele sensível e que limpam muito bem.
O soro fisiológico, compressas e óleo de amêndoas doces encontram facilmente em qualquer bom supermercado, farmácia ou parafarmácia (nestas últimas tendem a ser mais em conta).

Finalmente, o creme barreira! Usamos de várias marcas, a maioria com bons resultados: Bepanthene, Mitosyl, Halibut, Barral, Corine de Farme. A minha favorita pessoal, que tão bons resultado vi dar em tantos bebés (Eryplast, da Lutsine) revelou-se um flop na minha bebé. Não sei porquê, mas não se deram bem...Ainda assim, julgo que pelas provas dadas continua a ser uma boa aposta. Para casos desesperados de eritema da fralda, a maioria das mamãs (felizmente aqui não houve esse problema) usaram da ISDIN o Nutraisdin ZN 40. Infalível.


Para a próxima falamos das nossas experiências com as várias marcas de fraldas!

PS- este post não teve qualquer patrocínio das marcas mencionadas. Falamos apenas do que gostamos no mercado.

sábado, 26 de julho de 2014

As mãos do meu Avô

Imagem do blog http://umbelarte.blogspot.pt/
- Por: Sandra Monteiro -

Antes de mais um Feliz dia dos Avós a todos os avós....

Este texto que vos deixo não foi escrito para este blog, mas é um texto que escrevi em tempos e publiquei no meu blog Bluestrass. Recordo-me de ti, Avô, que não o eras de sangue, mas sim de coração... aqui ficam as minhas recordações de ti...

"(..) Recordo-me de muitas coisas, das boas e de algumas más, mas as boas superam alguns erros (quem não os comete...) próprios de uma alma solitária.
Recordo-me da sua voz, do seu sorriso, da sua maneira como tratava os animais e a terra por tu.
E recordo-me (essa é a talvez a memória mais presente) das suas mãos compridas, mãos árduas de trabalho, mas sempre prontas a estender a mão...
São essas mãos que em sonhos me aparecem, quando tenho algo que me apoquenta, e são essas mãos que nesses sonhos seguram as minhas, dando-me coragem...

Obrigada, avô, por teres feito de mim um pouco do que sou hoje!

E já agora continua a aparecer-me em sonhos, pois onde quer que estejas trazes-me a paz que conseguiste alcançar."

E vocês, de que se recordam dos vossos avôs/avós?


Dia Mundial dos Avós



Hoje comemora-se o Dia Mundial dos Avós.
Nesta data comemora-se o Dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.
Eu tive a sorte de conhecer todos eles e ainda ter as minhas avós vivas.
Tive a sorte de passar muito tempo com eles! 
As férias grandes eram passadas na terra na companhia da avó e nas brincadeiras com o irmão e primos!
Tempos que deixam muitas saudades!
Eles transmitiram-me muitos valores, humildade, amor, compreensão e paciência.
E, este ano, também o meu filho é presenteado por 4 avós fantásticos!
Obrigada a todos eles!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

"Um dia vais dar-me razão!"

- Por: Lara Caetano -



Quem é que nunca ouviu esta frase durante a sua adolescência? Parece que ainda ouço a voz da minha mãe:

- Aonde vais, rapariga?

- Vou ali, não esperes acordada por mim! - dizia-lhe eu enquanto batia com a porta da rua, e corria para não ter que lhe responder a mais nenhum inquérito! Lembro-me de ouvi-la a praguejar "Aquela rapariga põe-me maluca!".

Recordo de chegar a casa de madrugada, em bicos de pés como se tivesse o peso de uma pena... sorrateiramente dirigia-me ao quarto, quando uma luz se acendia e se ouvia uma voz: São horas?

Quem, mas quem era o tolo para ficar acordado até uma hora daquelas só para me ver entrar? Preocupação com o quê? Afinal de contas só estava ali no fundo da rua! Oh mãe, vá la! Menos, muito menos! Eu já sou crescida!

Tantas as vezes que fiquei chateada e aborrecida, afinal de contas para mim aquilo eram problemas de confiança.

"Quando tiveres filhos quero ver! Depois vais dizer: Ai jesus que ela tinha razão!" Quem, eu? Eu nem sequer quero filhos! E se tiver vou ser bem mais liberal.

Hoje, ao lembrar-me das minhas traquinices, penso: Meu Deus, a mulher tinha razão! E não foi preciso deixá-lo crescer, bastou nascer. É um medo constante que me invade, de tudo o que lhe possa fazer mal, e ao mesmo tempo um sentimento de impotência porque sei que não vou poder defendê-lo de tudo. É um amor que dói. Daqui nascem as dúvidas: e quando ele começar a querer descobrir o mundo, será que vou ter a capacidade de o ensinar a distinguir entre o bem e o mal, como a minha mãe fez? Terei eu metade da sua sabedoria? Como irei reagir? Dar-lhe-ei a sua liberdade?

Actualmente ouço assim: "Já me dás razão? Anda que agora tu vais ver o que eu passei contigo!" 
À minha mãe deixo um beijo e um muito obrigado, sem ela não seria o que sou hoje, e espero que o meu filho tenha a mãe que eu tive.

De uma coisa estou certa, a minha tão desejada noite de sono deve estar bem longe :)

E vocês, já pensaram neste assunto?

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Quando o bebé deixa de existir...

- Por Filipa Barros - 

Era sexta-feira e o aniversário da minha mãe. Tinha combinado com a minha irmã prepararmos o bolo e o jantar durante a tarde. Eu estava grávida de 10 semanas, a minha avó (materna) tinha morrido há menos de dois meses, andávamos todos entusiasmados e felizes!

Quando saí do trabalho reparei num spotting nas cuequinhas, liguei à Saúde 24 que me aconselhou a ir ao centro de saúde, onde nem me observaram e mandaram logo para a urgência de obstetrícia. Estava calma; como sou informada e curiosa tinha lido que o spotting é normal em muitos casos... Fui vista nas urgências, estava curiosa para ver o ecrã do ecógrafo que estava virado para o outro lado, sentia-me bem, não tinha dores, afinal era dia de festa!

'Se estiver grávida é de 7 semanas e não de 10'
'Não pode ser, a última menstrução foi a 25 de maio'

Ele saiu e entraram mais duas ou três pessoas... As palavras 'gravidez não evolutiva' foram um murro no estômago, as lágrimas começaram a cair sem controlo...

'O coração ainda bate... não podemos fazer nada... volte 3ª feira...' O chão desapareceu e o mundo ficou turvo...

Saí a chorar, sentei-me num banco e liguei ao meu Zi que estava a trabalhar longe: 'não há bebé nenhum...'

A minha irmã foi-me buscar e lá fomos nós preparar a festa... Cozinhar, mesmo a chorar, naquela tarde, ajudou-me a não ficar louca. Foi o aniversário mais triste que alguém já teve... A frase 'hoje é dia de festa' despedaçou-me as entranhas... Fumei um cigarro na varanda, já não fumava há 3 anos...

Pouco disse nos dias seguintes, logo eu... a 'metrelhadora falante' ficou sem palavras... Foi o pior fim-de-semana da minha vida, chorei, dormi, chorei, comi doce de pêra com queijo, chorei, vi tv mas não sei o quê, chorei... só estava bem abraçada a ele, mas o fim de semana acabou e tive de ir trabalhar.

Contei tudo à minha chefe, mas toda a gente sabia que algo se passava, eu não era eu... Na terça voltei ao hospital, a mesma conversa: 'O coração ainda bate... não podemos fazer nada... volte 6ª feira...'

Quinta tinha consulta no centro de saúde, mas acordei diferente... sabia que ia ser naquele dia... Fui à consulta, contei tudo ao médico de família e depois fui com a minha irmã novamente à urgência. No caminho já tinha contrações de 5 em 5 min. Enquanto estive na sala de espera tive um aborto espontâneo, enquanto as grávidas felizes entravam à minha frente para ter os bebés. Quando fui vista já tinha expulsado tudo e estava tudo bem comigo, fisicamente.

Nessa tarde dormi muito, estava exausta... Os dias seguintes não foram fáceis, tive de explicar várias vezes o que aconteceu, porque já se notava. Fiquei muito triste e até zangada... Para piorar, uma data de pesssoas que eu conhecia anunciavam felizes as suas gravidezes...


Pensei 'porquê a mim'? Senti-me sozinha na minha dor, eu não conhecia ninguém que tivesse tido um aborto até ter o meu... É um assunto tabu, não se fala, como se fosse motivo de vergonha, como se fosse culpa nossa, e afinal até conhecia várias pessoas... E afinal eu tinha hipotiroidismo e ninguém sabia. O meu corpo
escolheu-me a mim em vez do invasor...

Partilho o meu aborto para que outras mulheres saibam que acontece e muitas vezes, que a culpa não é nossa e que não fizemos nada de mal, mas acima de tudo que é apenas um contratempo, porque depois tudo se resolve, o tempo cura tudo e o tão desejdo e esperdo bebé vai chegar. Eu perdi um bebé, uma parte de mim morreu naquela semana, há coisas que mudaram para sempre, mas hoje a Carlota dorme ao meu colo enquanto escrevo só com uma mão e uma lágrima rechonchuda cai pela minha cara sorridente.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Amamentação e aleitamento - as nossas experiências #10

- Por Filipa Barros -

Já algumas colegas mamãs disseram que o maior medo durante a gravidez era o parto, outras que era a amamentação; no meu caso, o maior medo era perder a minha menina, porque já tinha acontecido (um dia faço um post sobre isso)... Nunca pensei muito no primeiro desses medos, porque afinal a humanidade chegou até aqui! Mas pensei no segundo, até porque toda a minha vida ouvi a minha mãe dizer que amamentar é horrível e que só o fez por saber que era o melhor para nós. Os problemas dela tinham que ver com produção excessiva; para terem ideia, quando eu nasci ela dava de mamar a mim e a um dos gémeos da cama ao lado, e depois em casa era só eu... estão a imaginar, não é?

Bem, mas a minha experiência: tudo começou na primeira hora de vida da baby Carlota, em que mamou com muito boa pega por 45 minutos! Enquanto estive no hospital e nos primeiro 3 meses, mamou sempre muito demoradamente, cerca de 1 hora para cada mamada. Isso inevitavelmente acabou por me macerar os mamilos, e usei muito Purelan, usei conchas arejadoras, mamilos de silicone, creme reparador da D'Aveia e discos de hidrogel. Ao fim de 3/4 semanas os mamilos estavam habituados, as dores desapareceram e as mamadas da pequena eram apenas demoradas. Quanto à subida/descida do leite, não dei conta, simplesmente uma vez, ainda no hospital, no segundo dia de vida da menina, dei conta que já era leite. Mais tarde, tive um engurgitamento em cada mama, ambos de noite, provavelmente em picos de crescimento; usei calor (com saco de sementes) e foi a pequena que resolveu mamando.

Depois começou o verdadeiro celeuma... Como tive diabetes gestacional (o que dava outro post...), ela nasceu com menos de 3kg, e, como só aumentava de peso nos valores mínimos (mas aumentava!), os profissionais de saúde azucriavam-me a paciência para lhe dar suplemento, até mesmo depois de se constatar que estava a crescer 1 cm por semana, o que aconteceu nas primeiras 12 semanas. Depois de ouvir tanta coisa, até me disseram 'mãe, temos que ajudar este bebé'. Num dia em que ela estava mais chorosa, resolvemos tentar, e ela só não nos atirou o biberão à cabeça porque não conseguia pegar nele. Como é que se obriga um bebé satisfeito a comer mais??? As overdoses de leitinho são tão fortes que nem abre os olhinhos! Portanto, fiz orelhas de mercador e segui o meu instinto, até um dia em que fui pesá-la e a enfermeira me disse 'sempre deu o suplemento, não foi, mãe?'. Não. Não fiz nada diferente e a Carlota começou a engordar aos meios quilos em duas semanas.

Hoje, com 5 meses, temos 6 kg e 63 cm de sorrisos desdentados a animar os nossos dias!

Quanto a onde amamentar, basicamente em qualquer lugar! Tenho um avental, que é uma fita com molas nas pontas e uma fralda. Mas também já saquei da mama no meio do cabeleireiro de frente para a montra que dá para a rua!!!


A gravidez - Mamã a duplicar.

_ Por: Regina Freitas _ Mãe dos gémeos


Redigi e apaguei várias vezes, até conseguir tentar expressar por palavras o quão fantástico foi estar grávida, pois é algo tão grandioso, é todo um misto de sentimentos e emoções...

É todo um mundo desconhecido, é um mar de suposições e de receios, é o criar de um laço tão grande com uma pessoinha que está a crescer dentro de nós, tão frágil, tão dependente dos nossos actos.

É impressionante o amor que nasce desde cedo pelo nosso bebé, sem nunca o termos conhecido realmente, mas sabendo que está lá, no nosso ventre, a crescer mais um pouco todos os dias, a alimentar-se através de nós, a sentir o que sentimos. 

Foi indescritível ler o positivo no teste digital da Clearblue "Grávida 3+", ou seja, mais de 5 semanas. Fiz o teste sozinha e depois corri para o quarto e acordei o meu mais-que-tudo para lhe mostrar o nosso feito. Chorei e nem queria acreditar que este teste era positivo, mas até fazer a Eco tive algumas dúvidas... poucas, mas tive.

E a primeira vez que os vi? Sim, "os", os meus meninos, os meus gémeos. Ver primeiro um, e depois saber que existia outro serzinho, dois feijõezinhos. Nunca imaginei que poderia abrigar cá dentro duas vidas, confesso que a lágrima caiu descontrolada. 

Sim, estava grávida e eram dois bebés. Mas, dois bebés? Inacreditável, mas fantástico... Até àquela data, aquele tornara-se o melhor momento da minha vida, e em circunstância alguma fiquei desgostosa, triste ou preocupada com o facto de serem dois. Digo isto porque posteriormente li vários testemunhos de grávidas de gémeos que diziam que até desejaram que o segundo saquinho desaparecesse... Eu nunca seria capaz de desejar tal coisa, nunca! Desejei tanto engravidar, chorei tanto sempre que algum teste dava negativo... Mas atenção, não estou a criticar quem teve estes pensamentos, pois não tenho o direito de julgar o que qualquer outra pessoa sente.

E o Papá? Tão radiante ficou... Os olhos dele brilharam a olhar o ecrã, e perguntou se era mesmo, se o médico tinha mesmo certeza. Adorei a reação dele e naquele momento amei-o ainda mais.

Lembro-me que nesse dia à noite, quando estava sozinha, olhei a minha barriga ao espelho, coloquei ambas as mãos sobre ela e pensei que era mesmo verdade, que estava grávida e que tinha dois bebés cá dentro.

E a primeira vez que os senti? Sim, foi fantástico, um momento perfeito, até um tanto ou quanto estranho, sentir um xutinho de dentro para fora, mas foi lindo! É dificil tentar explicar a emoção que senti naquele momento. 

Adorei decorar com o papá o quartinho deles com o tema do Winnie the Pooh, pintar as paredes, a montagem dos berços, arrumar os cremes no armário, arrumar as roupinhas na cómoda. Este passo era muito importante para mim, talvez porque assim sentisse que era tudo real, era uma forma de tornar mais concreta a chegada dos bebés. O meu mundo tornou-se realmente azul.

Creio que estar grávida é uma das fases mais bonitas que uma mulher poderá ter na sua vida. Ver a barriga crescer de dia para dia, a roupa a deixar de servir, o peito a aumentar, os pés a inchar e arrumar as sandálias no armário pois já não servem, e ficar à espera que chegue o frio para calçar as botas de Inverno, mas depois verificar que a maioria também não serve. Subir à balança e ver o peso a aumentar, mas não se aborrecer pois é por uma boa causa, no meu caso, duas boas causas.

Embora o final da gravidez tenha sido demasiado atribulado e nada tenha corrido segundo o planeado, estar grávida e abrigar duas vidas dentro de mim foi fantástico, foi maravilhoso, e senti-me Mãe desde o primeiro momento.




Tu tens tanto direito como um segundo filho!

fonte: Jaiden Photography
- Por: Patrícia Oliveira -

Tu, que és a minha primeira filha, tens tanto direito como um segundo filho a ter uma infância feliz! Tens o mesmo direito de ter uns pais relaxados, preocupados contigo mas sem stressar demasiado, que relativizem os problemas e se preocupem em primeiro lugar com a tua felicidade.

É que o tempo não volta atrás!! Tu não voltarás a ser um bebé recém-nascido, não voltarás a quase caber nas palmas das minhas mãos, não voltarás a sorrir pela primeira vez. E como é que poderemos usufruir de tudo isso se estivermos nervosos e preocupados?? Mais do que isso: como é que tu irás usufruir de tudo isso?

Acredito que o nervosismo dos pais passe para os bebés, e acredito que pensamentos positivos ajudem a tornar os nossos filhos mais calmos e bem-dispostos.

Ouço tanta gente dizer que mudou imenso de comportamento do primeiro para o segundo filho, ou que está ansiosa para ter um segundo filho de modo a aproveitar tudo ao máximo desde o primeiro dia! Isso tem-me feito reflectir imenso…

Se 'descomplicar' só traz vantagens, há que tentar fazê-lo logo desde o início!

Claro que as hormonas e outros factores nem sempre ajudam (no meu caso, foi durante a gravidez, em que muitas vezes nem eu própria quereria ter-me como companhia! hehehe), mas podemos sempre fazer um esforço… precisamente porque a cada dia há uma descoberta nova, e nada se repetirá!

Quero passear muito contigo, mostrar-te paisagens e pessoas diferentes, contar-te histórias, brincar até não aguentarmos o cansaço. Quero rebolar na relva e deitar-me contigo a contar as estrelas. E quero pegar em ti ao colo e cobrir-te de beijinhos!

terça-feira, 22 de julho de 2014

Um positivo inesperado

Por : Liliana Cerqueira

Sempre ouvi dizer que as melhores coisas acontecem quando menos esperamos, e assim foi...
Num dia lindo de Verão descobri que dentro de mim se gerava mais uma vida. Como não foi nada planeado, eu fiquei sem saber como reagir, mas aceitei logo. Numa fração de segundos o meu instinto de mãe falou mais alto e eu já o protegia como se o conhecesse... já era meu, já fazia parte de mim.
Cheguei a pensar que poderia não estar à altura deste desafio, que poderia não ser a mãe ideal por ser jovem e com pouca experiência de vida...
Hoje eu sei que, por mais difíceis que sejam os desafios da vida, eu estarei cá para os enfrentar a TODOS sem desistências. Sei que farei sempre o melhor por ele, sei que o amo mais do que tudo na vida e que ele seria a única razão pela qual eu daria a minha vida. Estou tão grata por ser Mãe :,) Hoje eu sei que é o melhor presente "inesperado" que a vida me deu.
Posso não ter tempo para tudo, não conseguir chegar a um sítio à hora marcada, comer à pressa, descansar pouco, ter menos tempo para mim, mas...
                 
tenho o coração cheio !!

Aprendi a dar valor à vida de mãe, que, apesar de muito atribulada, é muito gratificante, a sofrer pelas dores das outras mães e a olhar para a vida com sentido. 


SER MÃE É ACORDAR TODOS OS DIAS COM UMA RAZÃO PARA VIVER !!


O que é que vestimos quando estamos a amamentar?

H&M

- Por: Patrícia Oliveira -

Não é fácil sabermos o que vestir quando estamos a amamentar. Por um lado, é muito normal que o corpo ainda não tenha ido ao sítio e a nossa roupa de sempre ainda não assente como gostaríamos. Por outro, convém que as roupas tenham uma forma de abrir na zona do peito ou sejam suficientemente elásticas para as podermos baixar ou subir.

Há ainda o problema acrescido de termos que ter várias mudas de roupa, já que nos sujamos (ou os bebés nos sujam) com bastante frequência.

Sfera

Os vestidos relativamente soltos costumam ser boas opções, por serem confortáveis e elegantes, e por não darem grande trabalho na hora de escolher o que vestir.
Actualmente, há várias opções na H&M, na Cortefiel e na Sfera. Vale a pena dar lá um saltinho!

Cortefiel

Podem ter botões, fecho ou um decote mais acentuado. Depois podemos conjugar com um top de alças por dentro, que pode ser subido para ajudar a tapar mais um bocadinho, fazendo com que fiquemos mais à vontade.

Cortefiel

Cortefiel

As blusas abertas (com botões, com fecho, com trespasse...) também são boas escolhas, e podem ser usadas tanto com saias como com calças e calções.

Para além disso, podemos optar por uma camisola de malha com um top por dentro, de modo a baixarmos a camisola e levantarmos o top.

Sfera

Claro que tudo depende da descontracção de cada uma de nós!
Comigo, este tipo de roupa tem funcionado muito bem, e deixa-me muito mais à vontade quando saio de casa.

E vocês, que tipo de roupa escolhem ou pensam escolher?

Amamentação e aleitamento - as nossas experiências #9

- Por: Rita Rua-

Pensei que à segunda vez fosse diferente…
Estava preparada (pensava eu), quer corresse bem, quer corresse mal!!
Tinha tudo o que era preciso para que a amamentação corresse bem, estava bastante bem informada e tinha tudo o que me facilitava a amamentação (vontade, almofada, conchas, mamilos de silicone, máquina, suplementos, chás, …). Desta vez pensei mesmo que ia conseguir, que ia ser diferente. Tinha que ser diferente!

Pois não foi nada diferente, foi tudo igual, foi tudo pior…
Ela pegava bem, tudo parecia diferente, mas mais uma vez eu não tinha colostro quando a minha filha nasceu, e assim foi durante a minha estadia no hospital. Desta vez evitei ao máximo dar “o suplemento”, mas chegou a um ponto em que já não era evitável… tive de dar. 
Em casa, passados muitos dias, tive a subida de leite e insisti, insisti muito, insisti durante algum tempo, se calhar devia ter insistido mais… Depois acabei por parar, desisti… só me fazia mal a mim e a ela. Ainda assim, não consegui aceitar! Como era possível ser derrotada pela segunda vez? Foi muito triste… principalmente também porque uma grande maioria das pessoas que me encontravam na rua ou me visitavam insistiam em relembrar-me do assunto, com as perguntas da praxe: "tens maminha para ela?", "então e é a peito ou...?", "...??"... mas enfim, já passou!

Agora, estou em paz com este assunto… porque, afinal, não é a forma como alimentas o teu filho que define a mãe que és! 
Uma mãe que dá o seu leite quer tanto de bom para o seu filho como uma mãe que dá leite artificial!
Como ouvi alguém dizer um dia: “tu és a melhor mãe que o teu filho pode ter” ;) .